sábado, 20 de dezembro de 2014

O Silêncio



O silêncio é como um justiceiro implacável
Agindo com exatidão e sobriedade
Revelando aquilo que nos assombra
Que bloqueamos com o mais alto ruído.
Se isso nos causa,é imperdoável?!
Mas tão bom em momentos irrelevantes...
Momentos que nos passam despercebidos
Abafados pelo barulho infernal da vida
Que causam esplendor e nostalgia
Acessíveis apenas quando dele esquecemos.
Se silêncio almejamos,nos enganamos
Nossa mente age contra o próprio desejo
Lembranças,vontades,frases não ditas
Tudo vêm a tona quando silenciamo-nos.
E cada ruído ou grito fictício,
Torna-se tão irritante quanto a própria voz.
Por isso o silêncio há de ser apreciado
Soberano supremo de fatos implícitos
Causador de choros invisíveis,mas tristes
Dono conciso de verdades vis.
E quando aprendermos a respeitá-lo
Reconhecer que,sem ele,somos máscaras
Conjunto ambulante de mentiras gritantes,

Talvez ele mesmo seja sinônimo de paz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário