Saindo da "santa casa", senti-me corrompido, vindo do próprio inferno. Se aquele ser que trabalha pela fé, com fé (fiquemos assim), destoou da própria ética e humanidade por causa das minha confissões, que seriam das pessoas à minha volta? O que fazia eu para decepcioná-las, aterrorizá-las, entristecê-las? Será que era mesmo Deus falando por mim? Será que minhas convulsões eram passagens? Minha mãe me disse que eu a olhei com olhos acusadores, e eu neguei. Neguei certo?
Tomei meu caminho pra casa, e os cães não paravam de latir. "Cães são os mensageiros de Deus", ecoava na minha cabeça. "Dog = God". Nunca gostei de gatos, vê se isso tem sentido! Eu tô contigo, sempre estive! Tudo bem, eu não frequento mais a tua casa, mas até onde eu estudei, onde me foi passado como lição, eu sou a Tua casa! Ou será que até no Ceu rola hipocrisia?