Depois do dia que não vem, vou amar todos que me odeiam. Aí eu penso, qual seria a reação de tais pessoas? Será que elas passariam a me odiar ainda mais? Ou me amariam de forma recíproca, desfazendo todos os meus preconceitos e receios com relação a elas? Talvez realizassem seu sonho de liberdade. Talvez eu encontrasse meu amor em uma dessas pessoas. Babaquice.
Depois desse fatídico dia que não vem, vou me desapegar das coisas mais pífias e desnecessárias, como celular, computador e emoção. Serei um solitário nesta vida solitária, cheia de pessoas vazias e mentes-marionetes. Na pior das hipóteses, uno-me a eles, fazendo número nessa grande e gorda bola chamada vida. Rolaremos eternamente hipócritas pelo futuro, sempre sorrindo e dizendo falsos "améns" para profetas verdadeiros, mas com precursores da Sua palavra com mais dinheiro no bolso que o Tio Patinhas. Com minhas palavras ácidas, humor gasto e carisma de um gato persa, quem sabe enriqueço também. Filha da putagem.
Mas, como esse dia nunca virá, e faço questão que nunca venha, permaneço preso a esse pensamento herege de obter liberdade sadia e ilimitada, inimigos que viram amigos e recebem todo o meu amor platônico e besta, e o desapego seguido de riqueza, entre aspas, a favor de um bem maior. Freud ficaria orgulhoso de mim. Depois pularia da ponte.
Com todo carinho que não tenho, pois quero mais é que se foda,
Vitas Diego
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